segunda-feira, 23 de julho de 2007

Cinqüenta anos em cinco!

Esse slogan inspirou progresso para o Brasil nos anos 50 com JK à frente do governo e dos demais presidentes. Trazendo para os dias de hoje, proponho que encaixemos a campanha de JK em outro setor do país, sugiro a educação. A questão ficaria assim, é justo uma carreira profissional ser definida em cinco anos com alunos tão imaturos?
Acompanha a bola de neve, cada vez mais cedo, arrisco-me a dizer que entre dois e três anos, as crianças estão iniciando sua breve vida escolar. Isso significa que mais ou menos aos dezesseis terão de fazer o vestibular e defrontar com a escolha mais difícil de suas vidas. Pergunto qual o preparo que garotos e garotas de dezesseis anos têm para decidir seus próximos cinqüenta anos? Não que a escolha seja imutável, mas já serve como um belo sacolejo para os pré-adultos. Para fechar essa matemática ingrata, ingressarão no mercado de trabalho com apenas vinte e cinco anos!
Pode soar como exagero da minha parte, mas no mínimo é preocupante você topar no mercado de trabalho com gente tão despreparados e muitas vezes alheios ao censo de responsabilidade. Incluo-me nessa situação, ninguém é de ferro, não por total desleixo, mas a sensação de falta de base; a vida escolar passar pelo estudante voando e ele só se dar conta disso quando já está às vésperas do temido vestibular.
Circula pela câmara um projeto que aumentará em um ano ou dois o ensino fundamental, resta saber se junto com esse aumento estarão agregados incentivos significantes para o ensino básico brasileiro.
Em clima de Pan Rio 2007 fico aqui na torcida para que pelo menos uma vez seja feito o quase impossível pela educação.